Agamenon: Nepal, É Pedra, É o Fim do Caminho!

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Agamenon: Nepal, É Pedra, É o Fim do Caminho!

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 21.01.2016 14:35 comentários
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Agamenon: Nepal, É Pedra, É o Fim do Caminho!

Depois desta revelação mística em Sentaemalgo de Churumela, resolvemos pegar mais um navio, desta vez um cargueiro tailandês, o Lobsang Rampa, navio mercante que levava um carregamento de escravas brancas para uma casa de massagem na Malásia. Mas infelizmente abandonei o navio no meio da viagem, em pleno Mar da China, quando percebi no mapa do comandante que o Nepal, assim como Minas Gerais, não é banhado pelo mar...

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Especial de férias – Parte 4

Depois desta revelação mística em Sentaemalgo de Churumela, resolvemos pegar mais um navio, desta vez um cargueiro tailandês, o Lobsang Rampa, navio mercante que levava um carregamento de escravas brancas para uma casa de massagem na Malásia. Mas infelizmente abandonei o navio no meio da viagem, em pleno Mar da China, quando percebi no mapa do comandante que o Nepal, assim como Minas Gerais, não é banhado pelo mar. Embiquei então na direção das montanhas do Himalaia, pois me disseram que o Tibete ficava por ali. O Tibete é como aquelas mulheres boazudas que apareciam peladas na Playboy : um lugar de difícil acesso. A Cordilheira do Himalaia é muito escarpada, parece a Rocinha. Só que os traficantes do maior morro do mundo morreram todos soterrados nas monumentais avalanches que ocorrem por ali. Seguimos então, amarrados por cordas, subindo na direção dos picos nevados himalaianos.

À medida que subíamos, respirar se tornava um suplício. O ar era tão rarefeito que, quando alguém soltava um pum, imediatamente os outros corriam para tentar respirar o flato em busca de um pouco de oxigênio, mesmo se fosse gás carbônico. Exaustos com aquela escalada, de repente, tive mais uma visão mística, o que já estava me enchendo o saco. Um velho de barba branca, coberto de neve, saiu das profundezas da montanha caminhando na minha direção. A princípio, pensei que era o Papai Noel, mas, à medida que ele se aproximava, percebi que o velho era o encanecido galã Richard Gere, budista ortodoxo, em busca de um Oscar.

Ao verem aquele grisalho astro do cinema e símbolo sexual ao vivo, todas as mulheres da minha expedição resolveram dar para ele. No caso, era só a Isaura, a minha patroa. Todos sabem que Richard Gere é budista praticante e, assim sendo, imediatamente engatou uma ilustrativa palestra com o Dr. Jacintho Leite Aquino Rêgo, psicoproctologista profissional e um estudioso diletante de Buda. Gere, sempre galante, nos convidou para passar a noite no seu mosteiro particular do Tibete. O mosteiro de Gere tem quinze suítes, heliporto, piscina aquecida, sauna e a melhor vista para o vale do Himalaia.

Conhecemos a sala de ginástica que pertenceu à modelo Cindy Crawford, ex-esposa de Gere, que ele abandonou para se casar com o Dalai Lama. Em seguida, o ator me convidou para tomarmos um brandy à beira da lareira, pois, na prática do budismo, é muito importante a vida contemplativa. Foi então que Gere levou-me até o seu cofre onde ficamos horas contemplando os milhões de dólares que ele acumulou em sua carreira. Eu estava ali, naquele transe hipnótico e meditativo, quando Gere começou a me introduzir no budismo.

A prática do budismo é muito arriscada nos dias de hoje. O praticante do budismo tem que seguir estritamente os rituais sagrados da liturgia para impedir que acabemos vitimados por alguma religião infectocontagiosa. Assim como os muçulmanos, os praticantes do budismo devem proceder a uma rigorosa higiene de todas as extremidades e concavidades do corpo humano. Em seguida, para uma perfeita purificação espiritual, os postulantes ao cargo de monge devem submeter-se a um vigoroso enema para expulsar os maus espíritos. Finalmente, o indivíduo tem que raspar a cabeça. A raspagem da cabeça não tem nenhum significado religioso, é só para ficar mais bonitinho mesmo.

Assim como os garis da Comlurb, os monges budistas vestem trajes cor de abóbora, mas sem aquela faixas prateadas fluorescentes, o que faz com que muitos monges sejam atropelados à noite quando estão varrendo as estradas do Tibete

Os praticantes do budismo devem proceder a uma rigorosa higiene de todas as extremidades e concavidades do corpo humano

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