Como um acrônimo gasta dinheiro
Em 2014, o site Glamurama registrou assim o casamento de José Seripieri Jr., o acrônimo dono da Qualicorp:"Um casamento para entrar para a história de São Paulo. Assim foi a cerimônia que selou a união de José Seripieri Jr., da Qualicorp, e Daniela Filomeno... Seripieri: festas "para entrar na história de São Paulo"
Em 2014, o site Glamurama registrou assim o casamento de José Seripieri Jr., o acrônimo dono da Qualicorp:
“Um casamento para entrar para a história de São Paulo. Assim foi a cerimônia que selou a união de José Seripieri Jr., da Qualicorp, e Daniela Filomeno. Os convidados foram recepcionados no condomínio Quinta da Baroneza, em Bragança Paulista, São Paulo, decorado com flores brancas e vermelhas e velas suspensas que davam um toque romântico, como pedia o momento.
O menu foi assinado pelo tradicional Buffet França e os doces ficaram por conta de Isabella Suplicy. O champagne? Era Ruinart, um dos melhores do mundo, servido na temperatura certa. O vestido da noiva que seguiu a tradição do branco foi assinado por Emannuelle Junqueira. O noivo emocionou a todos com um declaração de amor à mulher. Logo depois, a surpresa: show de Roberto Carlos! Nem a noiva, que estava muito animada com a celebração, sabia.
A festa para 600 convidados contou com a presença de todo o poderio de políticos e empresários. Entre eles, Lula e a esposa Marisa, Fernando Haddad, Marta Suplicy e Marcio Toledo, Geraldo e Lu Alckmin.”
José Seripieri Jr. já havia feito, anos atrás, outra festa “para entrar na história de São Paulo”. Eu, Mario, fui parar lá, levado por uma namorada. Era a festa de debutante da filha do dono da Qualicorp, no Jóquei Clube.
O rega-bofe ocupou dois salões, além da varanda do Jóquei. Todos os ambientes foram decorados em vermelho, com cortinas e laços nas colunas, salvo engano. Não lembro se o champagne era Ruinart, mas a compra de duas garrafas do que estava sendo servido ali arruinaria a minha conta bancária. Havia uma penca de políticos presentes, entre petistas e tucanos. Havia também muitos meganhas, porque José Seripieri Jr. começou a sua vida de bilionário vendendo seguros de saúde para policiais.
Em determinado momento, começou a ser projetado um clipe num telão. Era protagonizado pela aniversariante, que, com arroubos de cantora, havia ido algumas vezes a Los Angeles para gravar o vídeo com um dos melhores diretores de clipes dos Estados Unidos. O vídeo contava, inclusive, com dançarinos profissionais americanos.
A família de José Seripieri Jr. tinha — tem, sei lá — o costume de convidar amigos dos filhos para passar fins de semana em Nova York, em jato particular e todas as despesas pagas. Helicóptero para Angra dos Reis era — é, sei lá — uma trivialidade. Morava — mora, sei lá — num apartamentaço em Vila Nova Conceição, em prédio com nome de vinho francês. Pode ser Château Lafite ou Château Margaux.
Enfim, tive a oportunidade de verificar de perto como um acrônimo gasta dinheiro.
Seripieri: festas “para entrar na história de São Paulo”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)