Eike tentava “ludibriar” a Justiça
A força tarefa da "Lava Jato fluminense" afirma na denúncia contra Eike Batista que o empresário tentou ludibriar a Justiça várias vezes...
A força tarefa da “Lava Jato fluminense” afirma na denúncia contra Eike Batista que o empresário tentou ludibriar a Justiça várias vezes.
Em uma delas, afirmou a procuradores (que já investigavam Sérgio Cabral) que havia pago R$ 1 milhão ao escritório de Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador, por serviços prestados a uma de suas empresas, a REX, que atua no setor imobiliário.
Na ocasião, Eike afirmou que o escritório de Adriana Ancelmo teria sido indicado pela Caixa Econômica Federal para prestar assessoria à REX, que pretendia criar um fundo de investimentos para captar projetos no ramo imobiliário.
Acontece que a Caixa desmentiu. Informou que houve, sim, negociações com a REX, mas não indicou escritório de advocacia para ninguém.
O sócio de Adriana Ancelmo, Sérgio Coelho, também desmentiu a versão Eikiana. Disse que o escritório chegou a fazer uma análise da REX, mas referente a uma outra contratação de serviços, cujo cliente era o Banco Modal. Nesse caso, foi possível comprovar o pagamento feito pelo banco ao escritório.
Escreveram os procuradores na denúncia:
“A conduta do denunciado Eike Batista, ao sustentar perante a Procuradoria da República no Rio de Janeiro versão fantasiosa envolvendo a Caixa Econômica Federal/FUNCEF, demonstra a um lado a sua contemporânea disposição de ludibriar os órgãos estatais de investigação, e a outro uma prática que tem se mostrado comum ao mesmo, que é a de simular atos jurídicos formalmente perfeitos para dar foros de legalidade a operações que, em verdade, traduzem pagamento de propina e lavagem de dinheiro”, afirmam os procuradores da República Leonardo Cardoso de Freitas, José Augusto Vagos, Eduardo El Hage, Renato Silva de Oliveira, Rodrigo Timóteo, Rafael Barretto, Sérgio Pinel, Jessé Ambrósio Junior e Lauro Coelho Júnior, que assinam a denúncia.
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