Exclusivo: Schahin tinha “projeto global” de corrupção
Até agora, a Lava Jato sabia apenas de ilegalidades no contrato da Schahin com a Petrobras para afretamento e operação do navio-sonda Vitória 10.000, que rendeu propina para quitar dívidas de campanha de Lula. O Fisco, como vem denunciando O Antagonista, descortinou a engenharia financeira montada pelos irmãos Salim e Milton para desviar bilhões da estatal para contas de offshores - ao menos uma já relacionada a José Dirceu - em todos os demais contratos do grupo...
Até agora, a Lava Jato sabia apenas de ilegalidades no contrato da Schahin com a Petrobras para afretamento e operação do navio-sonda Vitória 10.000, que rendeu propina para quitar dívidas de campanha de Lula.
O Fisco, como vem denunciando O Antagonista, descortinou a engenharia financeira montada pelos irmãos Salim e Milton para desviar bilhões da estatal para contas de offshores – ao menos uma já relacionada a José Dirceu – em todos os demais contratos do grupo.
Na representação fiscal, que gerou a primeira autuação de R$ 1,6 bilhão, o auditor César Nakano conclui que a Schahin tinha um “projeto global” de corrupção, que envolvia a Petrobras, escritórios de advocacia e bancos na montagem de offshores de fachada.
Diz o auditor:
“O relatório fiscal demonstra de modo claro e indubitável que a verdadeira materialidade dos fatos aponta para um PROJETO GLOBAL, tendo como personagens centrais o grupo Schahin e a Petrobras, sendo as fretadoras ‘offshore’ pessoas jurídicas de existência meramente formal para que possam constar como tomadoras de financiamentos internacionais e para abertura de contas bancárias em paraísos fiscais para promover o recebimento de pagamentos da Petrobras em decorrência de contratos de afretamento”.
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