Investigações, sim, mas reformas, também
O Estadão defende em editorial deste domingo que as reformas trabalhista e da Previdência não sejam prejudicadas pela crise política...
O Estadão defende em editorial deste domingo que as reformas trabalhista e da Previdência não sejam prejudicadas pela crise política.
“A saída da crise só virá com as reformas. É ilusão pensar que a solução para a crise passa por deixar de lado a análise das reformas, substituídas pela discussão de alternativas institucionais pouco ortodoxas, construídas quase sempre a partir de interesses pessoais, que pouco respeitam os trâmites constitucionais.”
Para o jornal, “a maior contribuição, por exemplo, que o Supremo Tribunal Federal (STF) pode dar nesse momento é investigar, com a máxima diligência possível, o que lhe cabe investigar”.
Leiam, por favor, o trecho final:
“A reconstrução do País destroçado pela irresponsabilidade de Lula e Dilma não pode parar. E haveria uma criminosa paralisação caso os parlamentares deixassem de lado o trabalho que lhes cabe – a análise das reformas – à espera de uma solução utópica, nascida não se sabe de onde, que amainasse milagrosamente os ânimos exaltados da Nação.
Pedir a continuidade do trabalho pela aprovação das reformas previdenciária e trabalhista não significa fechar os olhos à crise. Ao contrário, olhar de frente a crise econômica, social, política e moral que assola o País conduz necessariamente à conclusão de que as instituições não podem parar de trabalhar. Afinal, o que temos pela frente não é uma crise teórica, que possa ser superada apenas com o decorrer do tempo ou com discussões acaloradas. Sua solução demanda desprendimento pessoal e trabalho.
Aos que consideram o Congresso e o governo frágeis – ilegítimos, diriam – para aprovar as reformas, vale lembrar que sua legitimidade se baseia na Constituição, e isso é mais que suficiente. Ao mesmo tempo, as reformas são o sustento do governo e também desse Congresso. É a única ponte que o País tem para atravessar esses tempos revoltos. Abandonar as reformas seria condenar o País ao desgoverno, no desvario de achar que a anarquia possa trazer alguma estabilidade. Não é disso que o País precisa.”
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