O ‘HOMEM DA MALA’ DA ODEBRECHT EM BRASÍLIA
Quem acompanha O Antagonista sabe de tudo antes...
Quem acompanha O Antagonista sabe de tudo antes. Em maio, revelamos que Claudio Melo Filho era o “homem da mala” da Odebrecht em Brasília. Como ex-VP de Relações Institucionais, seu papel era travar contatos diários com o Legislativo, o Executivo e o Judiciário na capital federal.
Melo Filho é um arquivo vivo do relacionamento promíscuo que se estabeleceu entre a Odebrecht e integrantes dos três poderes – sim, ele também conversava com ministros do STF e do STJ.
Melo Filho caiu na Operação Vitória de Pirro, a mesma em que Gim Argello acaba de ser condenado a 19 anos de prisão. Em sua delação, o ex-VP também contou sobre os contatos com Vital do Rêgo, hoje ministro do TCU, e Marco Maia, para blindar a empreiteira na CPI da Petrobras.
Melo Filho é investigado, ainda, na Operação Acrônimo, que tem como alvo principal o governador Fernando Pimentel. Se o seu acordo de colaboração for homologado, o ex-VP poderá concluir a construção de sua mansão às margens do Lago Paranoá, em Brasília.
Releiam aqui o que publicamos em maio sobre o dito cujo:
Exclusivo: A mansão do lobista da Odebrecht
Brasil 08.05.16 14:04
Claudio Melo Filho, VP de relações institucionais da Odebrecht em Brasília, foi denunciado na sexta-feira pelo MPF em Curitiba no inquérito da Operação Vitória de Pirro.
Melo é personagem conhecido dos bastidores da capital federal por defender os interesses da empreiteira junto aos parlamentares.
Ele é acusado pelo MPF de oferecer a Gim Argello propina de R$ 5 milhões para que o ex-senador blindasse os executivos da Odebrecht na CPI da Petrobras.
Melo também foi citado na Operação Xepa, que descobriu que a Odebrecht criou um setor exclusivo para o pagamento de propinas, e entrou na mira da Operação Acrônimo.
Ele mora numa mansão no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, e está construindo outra à beira do lago, com custo avaliado em R$ 12 milhões – incluído o terreno.
Desde que o executivo foi atingido pela Lava Jato, os pagamentos aos fornecedores da obra escassearam. A Lava Jato agora quer saber se o dinheiro para erguer a nova mansão tem origem lícita.
O ‘homem da mala’ da Odebrecht em Brasília
Brasil 08.05.16 20:26
O Antagonista mostrou mais cedo a mansão que Claudio Melo Filho, executivo da Odebrecht, está construindo na beira do Lago Paranoá, em Brasília.
Oficialmente, Melo é responsável pelo “relacionamento político-institucional” da empreiteira. Para a Lava Jato, Melo é o homem de mala da Odebrecht na capital federal.
Na denúncia oferecida na Operação Vitória de Pirro, o MPF identificou “vários contatos telefônicos” entre Melo e Gim entre abril e setembro de 2014, período de funcionamento da CPI da Petrobras.
Os dois combinaram, com aval de Marcelo Odebrecht, o pagamento de propina para Gim (vice-presidente da CPI), além de Vital do Rêgo (presidente) e Marco Maia (relator) – que são investigados pelo STF.
Melo também é citado nas mensagens de MO como peça fundamental na estratégia frustrada para sua libertação junto ao STJ e nas planilhas do chamado “departamento de operações estruturadas”, usado para o pagamento de propina a políticos.
Operador da Odebrecht caiu na Acrônimo
Brasil 08.05.16 20:37
Claudio Melo Filho, homem de MO para o pagamento de propinas a políticos em Brasília, também é investigado na Operação Acrônimo…
Na quinta-feira, o STJ expediu três mandados de busca e apreensão, um deles no Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que foi chefiado por Fernando Pimentel.
O Antagonista foi informado de que os outros dois mandados, mantidos em sigilo, tiveram como alvos o escritório da Odebrecht na capital federal e a casa de Claudio Melo, no Lago Sul.
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