UM SENADO SUB JUDICE
Seis em cada dez senadores respondem a acusações criminais no STF, segundo levantamento do Congresso em Foco. São pelo menos 48 senadores -- dos 81 -- com procedimentos abertos no STF, dos quais 34 estão sob investigação na Lava Jato. O Antagonista fez um resumo...
Seis em cada dez senadores respondem a acusações criminais no STF, segundo levantamento do Congresso em Foco. São pelo menos 48 senadores — dos 81 — com procedimentos abertos no STF, dos quais 34 estão sob investigação na Lava Jato.
O Antagonista fez um resumo:
ACRE
Gladson Cameli (PP): responde a inquérito da Lava Jato pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha.
Jorge Viana (PT): inquérito apura se o senador e seu irmão, o governador Tião Viana, receberam R$ 2 milhões da Odebrecht para a campanha ao governo do Acre em 2010.
Sérgio Petecão (PSD): responde a dois inquéritos, por crimes eleitorais e peculato.
ALAGOAS
Benedito de Lira (PP): responde a três inquéritos da Lava Jato no STF, pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva.
Fernando Collor (PTC): é investigado na Lava Jato em seis inquéritos, por lavagem de dinheiro, peculato e corrupção.
Renan Calheiros (PMDB): acumula 13 investigações no STF, por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de dinheiro público e falsidade ideológica.
AMAZONAS
Eduardo Braga (PMDB): acusado na Lava Jato de ter recebido R$ 1 milhão em propina da construtora Camargo Corrêa.
Omar Aziz (PSD): alvo de inquérito por crimes eleitorais e corrupção passiva.
Vanessa Grazziotin (PCdoB): em inquérito na Lava Jato, é suspeita de ter recebido doação via caixa dois da empreiteira para sua campanha eleitoral em 2012.
AMAPÁ
Davi Alcolumbre (DEM): responde a inquérito por crimes eleitorais.
BAHIA
Lídice da Mata (PSB): inquérito apura a delação de um ex-funcionário da Odebrecht que sustenta que a senadora recebeu R$ 200 mil da empreiteira para sua campanha eleitoral ao Senado em 2010.
CEARÁ
Eunício Oliveira (PMDB): responde a inquérito que investiga também os senadores peemedebistas Romero Jucá e Renan Calheiros e os deputados Rodrigo Maia e Lúcio Vieira Lima. É suspeito de receber R$ 2 milhões em propina da Odebrecht.
José Pimentel (PT): responde a inquérito por prevaricação e corrupção passiva.
ESPÍRITO SANTO
Ricardo Ferraço (PSDB): responde a inquérito da Lava Jato em que é acusado de ter da Odebrecht, por caixa dois, R$ 400 mil para a campanha ao Senado em 2010.
GOIÁS
Ronaldo Caiado (DEM): responde a inquérito por crimes eleitorais, difamação e lesão corporal.
MARANHÃO
Edison Lobão (PMDB): é investigado em cinco inquéritos, três deles na Lava Jato. Responde por crimes como lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção.
MATO GROSSO
Cidinho Santos (PR): réu em ação penal por crime de responsabilidade.
Blairo Maggi (PP), licenciado: alvo de inquérito na Lava Jato, é suspeito de receber ilicitamente R$ 12 milhões em sua campanha ao governo de Mato Grosso, em 2006.
Wellington Fagundes (PR): responde a inquérito, sob sigilo, no STF.
MINAS GERAIS
Aécio Neves (PSDB): alvo de nove inquéritos, é investigado por corrupção, lavagem de dinheiro, crimes contra a Lei de Licitações, evasão de divisas, obstrução da Justiça e crimes eleitorais.
Antonio Anastasia (PSDB): responde a dois inquéritos com base em delações da Odebrecht na Lava Jato. É suspeito de receber vantagens indevidas em forma de doações de campanha eleitoral.
Zezé Perrella (PMDB): responde a inquérito por lavagem de dinheiro.
PARÁ
Jader Barbalho (PMDB): está na mira da Lava Jato desde 2015. Responde a seis inquéritos. As acusações vão de crime contra a ordem tributária a corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Paulo Rocha (PT): alvo de inquérito que apura os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, é suspeito de ter pedido doações eleitorais na forma de caixa dois para a campanha de Helder Barbalho, hoje ministro da Integração Nacional, ao governo do Pará, em 2014.
PARAÍBA
Cássio Cunha Lima (PSDB): responde a inquérito baseado na delação da Odebrecht na Lava Jato. É suspeito de receber R$ 800 mil em vantagens indevidas em troca da promessa de favorecer a empreiteira. Também é alvo de inquérito por crimes contra a ordem tributária e formação de quadrilha, instaurado a partir de informações do Coaf.
PARANÁ
Gleisi Hoffmann (PT): é ré no STF por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. É ainda alvo de mais dois inquéritos, por corrupção.
PERNAMBUCO
Fernando Bezerra Coelho (PSB): é investigado pela Lava Jato em inquérito pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. É investigado em outros cinco inquéritos, por crimes contra a Lei de Licitações, peculato, corrupção, crimes de responsabilidade e lavagem de dinheiro.
Humberto Costa (PT): investigado em inquérito por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, em razão de fatos apurados pela Lava Jato. De acordo com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o senador recebeu de maneira ilícita R$ 1 milhão para a campanha ao Senado em 2010.
PIAUÍ
Ciro Nogueira (PP): responde a inquérito da Lava Jato pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva. Ainda é investigado em dois outros inquéritos, por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e tráfico de influência.
RIO DE JANEIRO
Lindbergh Farias (PT): responde a quatro inquéritos, por crimes de responsabilidade e contra a Lei de Licitações, improbidade administrativa e corrupção passiva.
Romário (Podemos): investigado em inquérito por crimes contra o meio ambiente. O Ministério Público o acusa de ter cometido danos ambientais na construção de uma quadra de futebol e de futevôlei às margens do Lago Paranoá, em Brasília.
RIO GRANDE DO NORTE
Garibaldi Alves Filho (PMDB): é alvo de inquérito da Lava Jato. Delatores afirmam que a Odebrecht repassou, na forma de caixa dois, R$ 200 mil para a eleição do senador em 2010.
José Agripino (DEM): é acusado por um delator de receber R$ 1 milhão de um esquema de fraudes no Detran-RN. Ainda é alvo de dois outros inquéritos, por corrupção e peculato.
RIO GRANDE DO SUL
Lasier Martins (PSD): investigado por agressão à ex-mulher.
RONDÔNIA
Acir Gurgacz (PDT): responde a dois inquéritos, pelos crimes de dano ao erário e contra a ordem tributária, e é alvo de ação penal por lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.
Ivo Cassol (PP): primeiro senador condenado pelo Supremo, em agosto de 2013, foi sentenciado a quatro anos e oito meses de prisão, em regime semiaberto, e multa de R$ 201 mil. É réu em outras duas ações penais, por calúnia e corrupção eleitoral, e alvo de cinco inquéritos, por peculato, improbidade administrativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e crimes contra o sistema financeiro e contra a Lei de Licitações.
Valdir Raupp (PMDB): é alvo de 11 acusações criminais, seis delas derivadas da Lava Jato. Responde por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva. Também responde a um inquérito por peculato e formação de quadrilha. E é réu em quatro ações penais por crimes eleitorais e uso de documentos falsos, crimes contra o sistema financeiro, peculato e corrupção.
RORAIMA
Romero Jucá (PMDB): é alvo de nove investigações, por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, contra a ordem tributária, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica, formação de quadrilha, crimes eleitorais e de responsabilidade. É investigado em cinco inquéritos abertos após as delações da Odebrecht. Também é investigado na Operação Zelotes.
Telmário Mota (PTB): responde a inquérito por violência doméstica.
SANTA CATARINA
Dalírio Beber (PSDB): alvo de inquérito a partir da delação da Odebrecht, é suspeito de intermediar um pagamento de R$ 500 mil em 2012 à campanha a prefeito do também tucano Napoleão Bernardes.
Dário Berger (PMDB): responde a um inquérito e cinco ações penais. É investigado por crimes contra a Lei de Licitações, suspeito de ter burlado a legislação ao contratar sem concorrência pública empresa para instalar e operar radares quando era prefeito de Florianópolis. Também é alvo de cinco ações penais por crimes de responsabilidade e contra a Lei de Licitações, formação de quadrilha e crimes contra a paz pública.
SERGIPE
Eduardo Amorim (PSDB): é investigado em inquérito que apura a prática de crimes contra a Lei de Licitações e improbidade administrativa.
Maria do Carmo Alves (DEM): alvo de inquérito da Lava Jato, a suspeita é de que o marido dela, o ex-governador João Alves, pediu à empreiteira doação, via caixa dois, para ela e o senador Eduardo Amorim.
SÃO PAULO
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), licenciado: alvo de investigação baseada em depoimento do presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, delator da Lava Jato. Responde a inquérito em que é suspeito de receber ilegalmente R$ 500 mil do grupo Odebrecht para financiar sua campanha para o Senado em troca de favores políticos.
José Serra (PSDB): responde a inquérito que apura o repasse de R$ 23 milhões pela Odebrecht via caixa dois para a campanha presidencial de 2010.
Marta Suplicy (PMDB): responde a inquéritos por estelionato, quadrilha e falsidade ideológica. Também é alvo de outro inquérito decorrente da Lava Jato.
TOCANTINS
Kátia Abreu (PMDB): alvo de inquérito da Lava Jato. Delatores da Odebrecht afirmam que a ex-ministra da Agricultura recebeu da empreiteira, na forma de caixa dois, R$ 500 mil para sua campanha eleitoral em 2014.
Vicentinho Alves (PR): responde em inquérito por crimes da Lei de Licitações.
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