“Amanhã vou ficar em casa lendo a Bíblia”, diz deputado evangélico
Nem todos os deputados evangélicos irão aos atos de 7 de Setembro em defesa de Jair Bolsonaro. O deputado Toninho Wandscheer (Pros), que foi vice-líder do governo no Congresso, disse a O Antagonista não concordar com o engajamento de igrejas evangélicas nas manifestações de amanhã...
Nem todos os deputados evangélicos irão aos atos de 7 de Setembro em defesa de Jair Bolsonaro.
O deputado Toninho Wandscheer (Pros), que foi vice-líder do governo no Congresso, disse a O Antagonista não concordar com o engajamento de igrejas evangélicas nas manifestações de amanhã.
“Sou evangélico, mas não faço política com a igreja. Eu acho que a função da igreja é pregar o Evangelho, o amor de Deus. E isso aí [os atos de amanhã] está um pouco exagerado. Cada um tem sua escolha, mas a participação de evangélicos amanhã não representa a opinião de todos. Eu sou a favor da liberdade, mas não da liberdade sem responsabilidade.”
Toninho acrescentou que ficará em casa neste Dia da Independência.
“Eu vou ficar em casa lendo a Bíblia, pedindo a Deus que proteja as pessoas que forem às ruas, para que ninguém se fira, em todos os sentidos”, afirmou.
O deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade), também evangélico, é outro que não vai participar dos atos de amanhã.
“Não vou participar. Não é momento disso, na minha visão. Até porque não está muito bem definido qual o objetivo desses atos.”
Aureo disse que “é bom as igrejas se envolverem na política”, defendeu “liberdade para se manifestar”, mas ponderou que, neste momento, “existe uma discussão real no país, que é econômica e envolve os preços da gasolina e do arroz”, por exemplo.
“A bancada evangélica defende valores muito ligados à pauta da direita e são valores importantes. Mas o Brasil tem que dar certo [do ponto de vista econômico] para que tudo isso ocorra.”
Na semana passada, o líder da bancada, deputado Cezinha de Madureira (PSD), disse a O Antagonista que “os evangélicos vão às ruas orar pelo Brasil” no Dia da Independência. Ele acrescentou ser esta a primeira vez em que as igrejas evangélicas se envolvem diretamente em atos a favor de Bolsonaro e do atual governo. Leia mais aqui.
Também como registramos, um vídeo que circula em grupos de WhatsApp bolsonaristas afirma que as manifestações serão um evento “bíblico”, uma “anti-revolução”.
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