CNBB defende investigação “com consequências para quem quer que seja”
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, acaba de divulgar uma nota em que defende a apuração de investigações de corrupção "com consequências para quem quer que seja"...
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Walmor Oliveira de Azevedo, acaba de divulgar uma nota em que defende a apuração de investigações de corrupção “com consequências para quem quer que seja”.
A nota é divulgada no mesmo dia em que O Globo, como registramos mais cedo, publica uma entrevista com o tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, comandante da Aeronáutica, na qual ele afirmou que a nota do Ministério da Defesa divulgada nesta semana “foi voltada pessoalmente” ao senador Omar Aziz (PSD), presidente da CPI da Covid, mas falou também em “alerta às instituições”.
Eis a íntegra da nota da CNBB:
“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB levanta sua voz neste momento, mais uma vez, para defender vidas ameaçadas, direitos desrespeitados e para apoiar a restauração da justiça, fazendo valer a verdade. A sociedade democrática brasileira está atravessando um dos períodos mais desafiadores da sua história. A gravidade deste momento exige de todos coragem, sensatez e pronta correção de rumos.
A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da COVID-19. “Ao abdicarem da ética e da busca do bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador, no qual a corrupção ganha destaque.” ( CNBB, Mensagem da 56ª. Assembleia Geral ao Povo Brasileiro, 19 de abril de 2018).
Apoiamos e conclamamos às instituições da República para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja, em vista de imediata correção política e social dos descompassos.”
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