Dos bolsonaristas, Bolsonaro só quer “lealdade”
Mais cedo, noticiamos que bolsonaristas estão com ciúmes do tratamento dado por Jair Bolsonaro ao Centrão e acumulam críticas à atuação de Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, na distribuição de emendas extras e na negociação de cargos em órgãos federais nos estados...
Mais cedo, noticiamos que bolsonaristas estão com ciúmes do tratamento dado por Jair Bolsonaro ao Centrão e acumulam críticas à atuação de Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, na distribuição de emendas extras e na negociação de cargos em órgãos federais nos estados.
A verdade é que, em mais de uma ocasião, o presidente da República disse a esses deputados da “base raiz” que eles foram eleitos “graças a mim” e que eles “não precisam de emendas e cargos”. Uma deputada já chegou a ouvir do presidente que o Centrão será capaz de “dar muito mais votos” para a reeleição dele do que qualquer bolsonarista.
Esse é, aliás, o tom com a bancada, digamos, ideológica desde o início do governo. Na tramitação da reforma da Previdência, em 2019, por exemplo, o então chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, garantiu aos deputados bolsonaristas do PSL um valor em emendas extras muito inferior ao que acabou sendo distribuído para parlamentares de partidos como Progressistas, PL e PSD. Em uma reunião na casa do vice-presidente nacional do PSL, Antonio de Rueda, na época, na presença de Eduardo e Flávio Bolsonaro, Onyx prometeu R$ 20 milhões em emendas extras e mais R$ 6 milhões via Comissão de Orçamento. Bolsonaristas dizem, em reservado, que até hoje não viram a cor desse dinheiro.
Dos bolsonaristas, Bolsonaro só quer “lealdade”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)