Empresa que fez lista de ‘jornalistas detratores’ disputa licitação no ministério de Rogério Marinho
A BR Mais Comunicação, que fichou 81 jornalistas para o Ministério da Economia, está na disputa pela conta de R$ 8,7 milhões da comunicação do Ministério do Desenvolvimento Regional, de Rogério Marinho - considerado nos bastidores um 'detrator' de Paulo Guedes...
A BR Mais Comunicação, que fichou 81 jornalistas para o Ministério da Economia, está na disputa pela conta de R$ 8,7 milhões da comunicação do Ministério do Desenvolvimento Regional, de Rogério Marinho – considerado nos bastidores um ‘detrator’ de Paulo Guedes.
A licitação está na fase de habilitação e a empresa virou alvo de recursos de duas concorrentes: InPress e Partners.
As duas agências questionam decisão da comissão de licitação do MDR que habilitou a BR Mais, sem que a empresa apresentasse o balanço patrimonial do último exercício fiscal, uma exigência do edital – a BR Mais entregou o balanço intermediário do primeiro semestre de 2020.
Ainda não há decisão sobre os recursos.
A BR Mais, do publicitário Edson Campos, já recebeu do governo federal mais de R$ 81,7 milhões ao longo dos anos. Um dos principais contratos foi assinado com o Ministério da Integração, em 2012, na gestão de Fernando Bezerra Coelho (MDB).
A agência, que pertence ao publicitário Edson Campos, permaneceu na Integração por meio de renovações sucessivas, inclusive com Helder Barbalho (MDB), a quem Campos tem prestado assessoria especial na crise do Covidão.
Também conseguiu contratos temporários no MDR (que incorporou a Integração), inclusive na gestão Marinho, por meio do chamado Termo de Execução Descentralizada (TED), instrumento regulamentado pelo Ministério da Economia em setembro.
Essa ferramenta administrativa foi a mesma usada pela equipe de Paulo Guedes para firmar o polêmico contrato, no valor de R$ 2,7 milhões, para a elaboração do tal Mapa de Influenciadores.
Em ambos os casos, são contratos derivados da licitação que a BR Mais venceu em 2018 para cuidar da comunicação do Ministério da Ciência e Tecnologia, hoje comandado por Marcos Pontes. No último dia 10, a pasta assinou o terceiro aditivo com a agência, no valor de R$ 2,69 milhões, elevando para R$ 10,7 milhões o total desembolsado até agora.
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