ENTENDA POR QUE ACORDO COM A JBS PODE SER REVISTO
Rodrigo Janot explicou que decidiu abrir um processo para a revisão do acordo de colaboração premiada da JBS, depois que sua equipe identificou, no conjunto das 40 horas de gravações inéditas, uma conversa "gravíssima" entre dois delatores...
Rodrigo Janot explicou que decidiu abrir um processo para a revisão do acordo de colaboração premiada da JBS, depois que sua equipe identificou, no conjunto das 40 horas de gravações inéditas, uma conversa “gravíssima” entre dois delatores.
O Antagonista revelou na semana passada que a PF, ao fazer a perícia da conversa de Joesley Batista com Michel Temer, descobriu novas gravações no aparelho usado pelo empresário.
A PF informou a PGR, que questionou a JBS sobre essas gravações.
Os delatores confirmaram a existência dos áudios, mas alegaram que não tinham identificado indícios de crimes – por isso, não entregaram num primeiro momento. (Estranho)
A PGR solicitou então que fizessem uma nova análise com auxílio de advogados. Esses novos áudios foram entregues com os anexos na sexta-feira. Pelo visto, os delatores não perceberam a inclusão da conversa de 4 horas, gravada acidentalmente. (Muito estranho)
É nessa conversa, segundo Janot, que os delatores falam da vida privada de autoridades. Sem saber que estavam gravando o próprio diálogo, eles mencionam crimes que não foram entregues na delação original, assim como o possível envolvimento criminoso de Marcelo Miller e de integrantes do Supremo.
Janot disse que, alertado por uma procuradora auxiliar, ouviu o áudio ontem pela manhã e constatou diversas “insinuações muito graves sugerindo atos ilícitos na PGR e no Supremo, de forma clara e transparente”. “É uma conversa franca e em linguagem livre entre dois colaboradores”, afirmou.
Segundo o procurador, o passo agora é “entender que conversa é essa e as referências que fizeram. Eles serão ouvidos, o direito de defesa será assegurado. Se houver o esclarecimento de que isso tudo não passou de um equívoco, que não passou de uma confusão, tudo bem. Caso contrário, o resultado pode ser a rescisão do acordo com a perda total da premiação”. (Como é que é, Janot?)
Mesmo que os delatores percam o benefício da premiação, as provas já entregues serão aproveitadas nas investigações e não evitarão novas denúncias, como a de Michel Temer. (Depende…)
Diante de tanta confusão, não é improvável que Temer se livre dessa enrascada. Politicamente, ficará difícil passar outra denúncia contra ele na Câmara.
Temer, no entanto, está longe de ser inocente. Rodrigo Rocha Loures continua dando aquela corridinha com 500 mil reais de propina na mala.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)