“Eu tô muito preocupado porque já morreu muita gente ligada a essa operação”
Depois que Gilmar Mendes o acusou de ter vasculhado suas contas, Marco Aurélio Canal, o supervisor da Receita Federal que foi preso pela Lava Jato, temeu ser morto. "Tu mexe com o PMDB do Rio."...
Depois que Gilmar Mendes o acusou de ter vasculhado suas contas, Marco Aurélio Canal, o supervisor da Receita Federal que foi preso pela Lava Jato, temeu ser morto. “Tu mexe com o PMDB do Rio.”
Em conversas interceptadas pela PF e obtidas pela Folha de S. Paulo, ele disse a um juiz de Teresópolis, seu ex-cunhado:
“Tô na operação desde o início. Ele expôs o meu nome que tava incógnito até então. (…) As pessoas que a gente mexe de núcleo político é pesado. Tu mexe com o PMDB do Rio. (…) Eu não tô mais oculto no papel das operações. E eu tô muito preocupado porque já morreu muita gente ligada a essa operação e, sei lá.
Então eu tomei uma medida. Eu fiz backup de tudo. Todas essas incidências. Tudo desse trabalho Lava Jato (…).
“Se acontecer alguma coisa comigo, cara, orientar imprensa, Polícia Federal, orientar de como fazer uma comunicação desses fatos, porque de certa forma a Receita não dá, como vocês têm proteção.”
Ele disse também que houve um engano no caso de Gilmar Mendes e outras autoridades investigadas pelos fiscais:
“O colega errou. O colega da execução abriu o sigilo do dossiê de programação confundindo com um dossiê de atendimento e o contribuinte diligenciado teve acesso à informação. Foi um erro. Ele abriu o sigilo do processo errado. (…) Mas não foi de dolo, porque teve acesso à análise. Se alguém de dentro quisesse vazar teve acesso à análise, não precisava ele se registrar dessa maneira. É um bom fiscal cara, um moleque bom. E assim, cometeu esse erro.”
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