‘Ex-vermelhinho do Leblon’ diz que sonho do PT acabou
O psiquiatra e psicanalista José Nazar, de 73 anos, que ajudou a fundar o PT no Rio de Janeiro, diz que "o sonho do partido acabou". Chamado de "vermelhinho do Leblon" na década de 1980 -- não era (e não é) o único --... [caption id="attachment_123469" align="alignnone" width="530"] "Lula vive para ser reconhecido e amado na condição de vítima"[/caption]
O psiquiatra e psicanalista José Nazar, de 73 anos, que ajudou a fundar o PT no Rio de Janeiro, diz que “o sonho do partido acabou”.
Chamado de “vermelhinho do Leblon” na década de 1980 — não era (e não é) o único –, o médico votará em Jair Bolsonaro no próximo domingo — assim como fez no primeiro turno — porque “não quer mais o PT”.
“Eu não quero mais o PT, ninguém mais quer o PT. Os brasileiros não estão votando no Jair, estão votando contra o PT. O Jair vai ter que dar as provas dele, vai fazer ou não seu próprio nome. O movimento anti-PT é a despeito do Jair, é para além do Jair. O certo é que, talvez sem saber, ele provocou uma rachadura na cristalização da velhaca política brasileira.”
Nazar foi filado ao PT durante mais de um década, período em que contribuiu mensalmente com praticamente 10% do seu salário. Já apanhou mais de uma vez na rua defendendo as bandeiras do partido.
“Não era por ideologia. Não existe essa história de ideologia no Brasil. Existe oportunismo. De minha parte, era um processo culposo, eu tinha era culpa. Lula foi fruto de uma elite culposa que o colocou no poder para poder sugar o país. Só fui entender isso depois.”
Hoje, com as carteirinhas do partido queimadas, o psicanalista com escritórios na capital fluminense e em Vitória (ES) chama de “hipócritas” os petistas que atacam Bolsonaro.
“As instituições psicanalistas divulgaram, em conjunto, um manifesto, sem citar nomes, dando a entender que são contrárias ao Jair. Essa bandeira em favor da democracia é uma falsidade. Eu não vou ajudar a eleger o partido mais corrupto da história, comandado por um presidiário.”
Nazar acrescenta que Lula, o presidiário, “se alimenta da posição de vítima”.
“Não precisa ser especialista para entender que ele ama a vitimização, que ele vive para ser reconhecido e amado na condição de vítima.”
Sobre Dilma Rousseff, um dos ex-vermelhinhos do Leblon a define como “o erro em pessoa” e afirma que “ela não é uma pessoa saudável”.
“Eu teria de atendê-la no consultório para chegar a um diagnóstico, mas ela não é uma pessoa saudável. É só ver os vídeos dos atos falhos dela, das loucuras dela. Alguns passaram a achar engraçado, mas aquilo é uma comprovação de que ela não é saudável.”
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