Exclusivo: Fecomércio pagou mais de R$ 4,4 milhões à FGV, parceira dos eventos do IDP
Como O Antagonista noticiou ontem, o MPF pediu o impedimento de Gilmar Mendes nos casos envolvendo Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio preso na Operação Jabuti...
Como O Antagonista noticiou ontem, o MPF pediu o impedimento de Gilmar Mendes nos casos envolvendo Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio preso na Operação Jabuti.
No ofício, os procuradores justificaram a suspeição com base num repasse de R$ 50 mil da Fecomércio para o IDP, em 2016. O valor consta de relatório de inteligência da Receita Federal.
O mesmo documento registra um total de R$ 4,4 milhões em pagamentos à Fundação Getúlio Vargas, nos anos de 2013, 2014, 2016 e 2017. A FGV possui convênio com a Fecomércio para a prestação de consultorias, auditorias e realização de eventos – inclusive os seminários do IDP, no Brasil e em Portugal.
Sidnei Gonzalez, diretor de mercado da FGV, admite que parte dos recursos da Fecomércio foram usados no pagamento de despesas com a organização dos eventos do IDP, como passagens aéreas e diárias de hotéis aos palestrantes. Mas diz que são contas separadas.
“Temos uma regra. Quem capta o patrocínio paga suas despesas. E nós pagamos as nossas com nosso dinheiro”, diz, em referência ao patrocínio da Fecomércio. “É um valor baixo”, garante. “Não vivemos de eventos, mas de cursos e consultorias.”
O Antagonista apurou que essas despesas com hotéis e passagens aéreas, além de almoços e jantares, podem alcançar até R$ 200 mil.
O diretor, que é vizinho de Gilmar Mendes em Lisboa, se defende:
“Esse tipo de parceria não é exclusividade do IDP. Somos parceiros da Câmara de Comércio Brasil-EUA, da Universidade de Harvard, da Universidade de Lisboa, da USP, da UnB. A FGV é uma instituição conceituada, uma das maiores assessorias técnicas do país. É um absurdo tentarem manchar a imagem da FGV.”
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