Exclusivo: Flávio Bolsonaro só pagou 1,09 milhão e fez transferências fracionadas para compra de mansão
O Antagonista revelou há dois dias a compra por Flávio Bolsonaro de uma mansão em Brasília por R$ 5,97 milhões. O negócio foi registrado em cartório no dia 29 de janeiro, mas extratos bancários demonstram que o pagamento pelo imóvel começou ainda em novembro de 2020 e de forma fracionada...
O Antagonista revelou há dois dias a compra por Flávio Bolsonaro de uma mansão em Brasília por R$ 5,97 milhões.
O negócio foi registrado em cartório no dia 29 de janeiro, mas extratos bancários demonstram que o pagamento pelo imóvel começou ainda em novembro de 2020 e de forma fracionada.
Segundo os registros da transação, fornecidos pelo próprio empresário Juscelino Sarkis (vendedor do imóvel), Flávio fez a primeira TED em 20 de novembro, no valor de R$ 200 mil. Em 9 de dezembro, ele transferiu outros R$ 300 mil e, no dia seguinte, mais R$ 590 mil.
Os valores somam R$ 1.090.000,00. Na escritura de venda, consta que o senador teria pago R$ 2.870.000,00 de entrada.
Outros R$ 3,1 milhões foram financiados junto ao Banco Regional de Brasília (BRB) e depositados na conta da RVA Construções e Incorporações, de Sarkis, em 1 de fevereiro.
O Antagonista pediu à assessoria do senador novos esclarecimentos sobre as transações, mas ainda não obteve resposta.
O empresário forneceu à reportagem também os registros de pagamento de R$ 298,5 mil referente à comissão de corretagem divida entre as empresas MV2 Soluções Imobiliárias e GRM Gestão de Imóveis.
Por meio de nota, Sarkis disse que “a empresa RVA Construções e Incorporações S/A adotou todas as providências legais que cabem ao vendedor, em estrita observância ao Código Civil e às demais leis que regem os contratos de compra e venda de imóveis”.
“Informa, ainda, que os valores da venda serão devidamente declarados às autoridades fazendárias, colocando-se à disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.”
Na denúncia por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, o Ministério Público do Rio acusa Flávio Bolsonaro de esquentar os recursos desviados de seu então gabinete na Alerj em transações imobiliárias.
Segundo o MP, o filho 01 do presidente subfaturava o registro de compra dos imóveis, que depois eram vendidos a preço de mercado. Alguns pagamentos eram feitos em dinheiro vivo e outros em depósitos fracionados.
TEDs referentes a pagamento da mansão
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