Governo gasta R$ 39 milhões para divulgar “agenda positiva”
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Governo gasta R$ 39 milhões para divulgar “agenda positiva”

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Wilson Lima
2 minutos de leitura 17.06.2021 19:05 comentários
Brasil

Governo gasta R$ 39 milhões para divulgar “agenda positiva”

A Secretaria de Comunicação gastou, desde o início de 2019, aproximadamente R$ 39 milhões em ações de publicidade sem foco específico, em ações identificadas apenas como “agenda positiva” do governo federal...

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Governo gasta R$ 39 milhões para divulgar “agenda positiva”
Foto: Marcos Corrêa/PR

A Secretaria de Comunicação do governo federal gastou, desde o início de 2019, aproximadamente R$ 39 milhões em ações de publicidade sem foco específico, em ações identificadas apenas como “agenda positiva” de Jair Bolsonaro.

“agenda positiva” foi utilizada para custear propagandas, principalmente, em empresas simpáticas ao governo como a Record, do bispo Edir Macedo, e o SBT, de propriedade de Silvio Santos, sogro do ministro das Comunicações, Fabio Faria. Os dados constam em documentos encaminhados à CPI da Covid, aos quais O Antagonista teve acesso.

Além disso, os recursos pagos a título da “agenda positiva” foram usados para abastecer rádios, jornais e TVs de pequeno e médio porte simpáticas ao bolsonarismo, principalmente em cidades do interior do Brasil.

Conforme planilha à qual O Antagonista teve acesso, foram 3.234 pagamentos desde o início da gestão Jair Bolsonaro. Todos por meio de subcontratação das rádios e TVs pelas empresas Artplan, Callia, PPR e CAlia/Y2. As três empresas de comunicação já foram alvo de pedidos de quebras de sigilos bancário e fiscal na CPI da Covid.

Somente a Record recebeu R$ 1,1 milhão a título da “agenda positiva” do governo; o SBT, R$ 856 mil – não estão incluídos nos valores, repasses feitos pelo governo diretamente às retransmissoras locais. Houve também um alto investimento nas mídias sociais da “agenda positiva”. Google recebeu R$ 856 mil e o Facebook, outros R$ 566 mil.

Como mostramos, recursos do governo federal foram usados para bancar cachês de artistas simpáticos ao bolsonarismo, como os apresentadores Luís Ernesto Lacombe e Sikêra Jr. Lacombe recebeu R$ 20 mil para fazer propaganda do governo federal; Sikêra Jr., outros R$ 120 mil.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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