Homens, negros e jovens também são os que mais matam
No domingo passado, O Antagonista destacou um consenso entre especialistas ouvidos pelo G1: "o perfil de quem mata é parecido com o perfil de quem morre”. Neste sábado, a Folha confirma a tese. Nos 61.283 casos de mortes violentas ocorridas em 2016 no Brasil, a maioria...
No domingo passado, O Antagonista destacou um consenso entre especialistas ouvidos pelo G1: “o perfil de quem mata é parecido com o perfil de quem morre”.
Neste sábado, a Folha confirma a tese.
Nos 61.283 casos de mortes violentas ocorridas em 2016 no Brasil, a maioria das vítimas são homens (92%), negros (74,5%) e jovens (53% entre 15 e 29 anos), segundo o jornal.
“Traçar o perfil de quem mata no Brasil, por outro lado, é uma tarefa mais difícil, devido à ausência de dados oficiais e à falta de conclusão das investigações sobre a maior parte dos casos.
Alguns estudos, porém, oferecem pistas. Um dos mais reveladores é ‘Mensurando o Tempo do Processo de Homicídio Doloso em Cinco Capitais’ (2014), da pesquisadora da FGV Ludmila Mendonça Lopes Ribeiro, que identifica gargalos na Justiça criminal.
O trabalho analisa mortes ocorridas em 2013, com autoria identificada, em Belém, Belo Horizonte, Goiânia, Porto Alegre e Recife.
Os autores dos crimes tinham as mesmas características da maioria das vítimas: homens, negros e jovens.”
“O perfil de quem mata é parecido com o perfil de quem morre”
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