Hospitais de campanha do Rio que não foram abertos apresentam sinais de deterioração, diz comissão
A comissão da Alerj que fiscaliza os gastos do governo Wilson Witzel no combate à Covid-19 concluiu um relatório que mostra sinais de deterioração em hospitais de campanha que sequer foram abertos pelo governo do Rio...
A comissão da Alerj que fiscaliza os gastos do governo Wilson Witzel no combate à Covid-19 concluiu um relatório que mostra sinais de deterioração em hospitais de campanha que sequer foram abertos pelo governo do Rio.
Dos sete hospitais de campanha anunciados por Witzel, apenas dois estão funcionando. Os outros cinco tinham previsão de entrega para 30 de abril, mas seguem em construção.
Segundo o relatório, obtido por O Antagonista, os hospitais de campanha que ainda não foram lançados já apresentam sinais de deterioração, como goteiras no CTI e material para instalação de piso amontoado fora da unidade.
No hospital de campanha de Casimiro de Abreu, classificado como o mais atrasado, o relator da comissão, Renan Ferreirinha, destacou que o ambiente é de “descaso e abandono”.
“Além de embrionária e muito longe de sua conclusão, o Hospital de Campanha de Casimiro de Abreu possui aspectos controversos em sua operacionalização, contando com um baixíssimo contingente de funcionários trabalhando no local.”
Apenas as unidades do Maracanã e de São Gonçalo já atendem pacientes com Covid-19. No primeiro, no entanto, 200 dos 400 leitos anunciados ainda não estavam funcionando após um mês de operação.
Em São Gonçalo, a situação é ainda pior. Apenas 40 dos 200 leitos estavam disponíveis no dia da vistoria, em 27 de maio.
“Os hospitais de campanha já são um marco negativo na história do Rio de Janeiro. Nossas vistorias dão conta de que essa estratégia para ampliar a capacidade de atendimento da rede pública de saúde durante a pandemia não passou de proselitismo político. O suposto cronograma das inaugurações não passou de um mero protocolo de intenções, visto que não houve qualquer correspondência com a realidade, afinal as prorrogações se tornaram a regra nesse cenário”, concluiu o relator.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)