Leia a íntegra da conversa no WhatsApp do assessor do vice-presidente: “General Mourão é mais preparado e político”
O Antagonista revelou mais cedo que um assessor do vice-presidente Hamilton Mourão trocou mensagens com o chefe de gabinete de um deputado federal a respeito das articulações em curso no Congresso para um eventual impeachment de Jair Bolsonaro. No diálogo por WhatsApp, ele comentou que tem conversado com "assessores de deputados mais próximos", pois "é bom estarmos preparados"...
O Antagonista revelou mais cedo que um assessor do vice-presidente Hamilton Mourão trocou mensagens com o chefe de gabinete de um deputado federal a respeito das articulações em curso no Congresso para um eventual impeachment de Jair Bolsonaro.
No diálogo por WhatsApp, ele comentou que tem conversado com “assessores de deputados mais próximos”, pois “é bom estarmos preparados”.
Em nota, Mourão negou a existência da conversa.
Disse que “ninguém de sua equipe teve, tem ou terá este tipo de comportamento” e atacou este site: “Este tipo de cobertura jornalística: inconsistente e inverídica em nada, absolutamente nada, agrega a todo esforço do Governo Federal em cumprir seus objetivos de informar e esclarecer a sociedade brasileira com informações úteis que merecem ser conhecidas.”
Para esclarecer a sociedade brasileira com informações úteis que merecem ser conhecidas, O Antagonista reproduz abaixo a íntegra da troca de mensagens entre o chefe da Assessoria Parlamentar da Vice-Presidência da República, Ricardo Roesch Morato Filho, e o assessor do deputado.
Na conversa, Morato diz ao interlocutor, a quem chama de “irmão”, que eles precisam tomar “um café mais reservadamente”.
Afirma que o vice-presidente dividiu “a ala militar”, antes dominada pelo general Augusto Heleno, do GSI, e comenta que “o capitão [Bolsonaro] está errando muito na pandemia”. “General Mourão é mais preparado e político”, conclui.
O chefe de gabinete do deputado se espanta e diz que não pode ter “esse tipo de conversa”.
Veja os prints:
Por telefone após a divulgação da matéria, Ricardo Roesch Morato Filho negou a O Antagonista o teor da conversa divulgada. Disse que não enviou “mensagem para ninguém”. “Não fui eu.”
Minutos depois, numa segunda chamada, reiterou que “nunca tive esse tipo de conversa, até porque o vice-presidente nunca teve a menor intenção de fazer esse tipo de manobra”. “Para o vice-presidente, é uma coisa inadmissível.”
Diante da afirmação de que havia prints da conversa, Morato alegou que seu celular pode ter sido hackeado. “Meu medo é que meu telefone tenha sido hackeado e alguém tenha feito alguma merda e apagado na sequência. Esse é o meu medo agora.”
Ele também levantou a possibilidade de ter dado “uma opinião pessoal” numa conversa informal com o assessor. “Posso ter exposto uma opinião pessoal, como se fosse do vice-presidente.”
Seja como for, a matéria publicada por O Antagonista nada tem de “inconsistente e inverídica”, como disse o vice-presidente.
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