Lula x Bolsonaro: “Esse povo não está precisando de arma, está precisando de emprego”
Lula não é bobo e sabe como atacar Jair Bolsonaro sem correr o risco de expor fragilidades comuns. Em seu primeiro discurso eleitoral, nenhuma palavra sobre a mansão de Flávio Bolsonaro ou o inquérito das rachadinhas. Muitas frases fortes sobre emprego, saúde, educação...
Lula não é bobo e sabe como atacar Jair Bolsonaro sem correr o risco de expor fragilidades comuns. Em seu primeiro discurso eleitoral, nenhuma palavra sobre a mansão de Flávio Bolsonaro ou o inquérito das rachadinhas. Muitas frases fortes sobre emprego, saúde, educação.
“Por que o PT está brigando por um salário emergencial de R$ 600? Não é porque a gente acha que o Estado tem que pagar a vida inteira, mas porque o Estado só pode deixar de pagar quando estiver gerando emprego e as pessoas estiverem obtendo renda. Enquanto o governo não cuida de emprego, de salário e de renda, tem que ter salário emergencial.”
Nada sobre manter responsabilidade fiscal, muito sobre evitar privatizações. Mais Estado, mais sindicalismo. A fórmula desgastada de que o governo deve ser o condutor do desenvolvimento econômico.
“Para governar um país gente, um presidente da República tem que conversar com sindicalistas. Não é possível que um presidente não converse com a força do trabalho. Tem que conversar com empresários. Me parece que Bolsonaro só conversa com o ‘louro da Havan’. Não tem reunião produtiva com empresários.”
E ainda:
“No meu governo, fizemos 74 conferências nacionais para ouvir o que sociedade queria. O Bolsonaro não junta ninguém, junta os milicianos. Mostra a cara na saída do Palácio para dizer que vai ter mais armas, que vai distribuir fuzil. Logo vai ter canhão. Esse povo não está precisando de arma, tá precisado emprego.”
Lembrou indiretamente a saída da Ford do Brasil, ao dizer que quando era presidente a indústria automobilística era o dobro de agora e que o país chegou à 6a economia do mundo. “Era o país mais admirado, o povo com mais felicidade, altamente respeitado pela China, pela Rússia, pela Índia, por Franca, Inglaterra e pelos EUA.”
Com o discurso falacioso de que o Supremo reconheceu sua inocência no petrolão, Lula foi capaz de dizer que “a Petrobras, bem dirigida como foi no nosso governo, se transformou na quarta maior empresa de energia do mundo”.
Bolsonaro, ao se voltar contra a Lava Jato, fomentou conscientemente a reabilitação política de Lula, mas o ex-presidiário é muito mais hábil politicamente e promete destrui-lo nas urnas. O Brasil que se dane.
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