Mensagem expõe desgaste no governo, e Ramos pode trocar de cargo no Planalto
Logo após a briga entre Luiz Eduardo Ramos e Ricardo Salles, em outubro, Jair Bolsonaro disse aos ministros que não suportaria mais discussões no primeiro escalão do governo...
Logo após a briga entre Luiz Eduardo Ramos e Ricardo Salles, em outubro, Jair Bolsonaro disse aos ministros que não suportaria mais discussões no primeiro escalão do governo.
O ultimato de Bolsonaro foi desrespeitado por Marcelo Álvaro Antônio, ontem, ao atacar Ramos em uma mensagem no grupo de WhatsApp que reúne ministros.
No texto, como mostramos, o ministro do Turismo acusou o colega de pedir sua demissão a Bolsonaro. “Não me admira o Sr Ministro Ramos ir ao PR pedir minha cabeça, a entrega do Ministério do Turismo ao Centrão para obter êxito na eleição da Câmara dos Deputados”, escreveu.
Auxiliares presidenciais disseram a O Antagonista que a demissão de Álvaro Antônio, no entanto, não se deve somente à mensagem enviada ao grupo de ministros. Bolsonaro já estava incomodado com a pasta do Turismo, que “não entrega nada”, segundo um deles.
No Planalto, o nome do ministro do Turismo já era colocado como certo na reforma ministerial que Bolsonaro pretende realizar em fevereiro. A nova crise, de acordo com as fontes, serviu apenas para o presidente antecipar a demissão.
Por outro lado, Bolsonaro tem sido aconselhado por assessores e parlamentares a tirar Luiz Eduardo Ramos da articulação política. A avaliação é que o ministro está desgastado no governo.
Em um cenário desenhado por assessores, Ramos assumiria a Secretaria-Geral da Presidência. A pasta hoje é comandada por Jorge Oliveira, que vai assumir uma cadeira no TCU no início de 2021. Com as mudanças, o espaço seria aberto para Bolsonaro colocar um parlamentar do Centrão dentro do Planalto.
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