Moraes autoriza PF a usar provas de vazamento por Bolsonaro em inquérito sobre milícias digitais
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do STF, autorizou o compartilhamento de provas do inquérito sobre o vazamento de dados sigilosos por Jair Bolsonaro com as investigações do inquérito sobre a atuação de uma milícia digital contra a democracia e as instituições...
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do STF, autorizou o compartilhamento de provas do inquérito sobre o vazamento de dados sigilosos do Tribunal Superior Eleitoral por Jair Bolsonaro com as investigações do inquérito sobre a atuação de uma milícia digital contra a democracia e as instituições.
Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal.
“Verifico a pertinência do requerimento da autoridade policial, notadamente em razão da identidade de agentes investigados nestes autos e da semelhança do modus operandi das condutas aqui analisadas com as apuradas nos Inquéritos 4.874/DF e 4.888/DF, ambos de minha relatoria”, disse.
Segundo o ministro, “é pacífico o entendimento quanto à possibilidade de compartilhamento de elementos informativos colhidos no âmbito de inquérito penal para fins de instruir outro procedimento criminal”.
Na semana passada, em manifestação ao ministro Alexandre de Moraes, a delegada da Polícia Federal responsável pelo inquérito sobre o vazamento de dados sigilosos de uma investigação sobre o ataque hacker ao sistema do TSE, Denisse Ribeiro, afirmou que Jair Bolsonaro cometeu crime, mas não poderia indiciá-lo.
Jair Bolsonaro é investigado por ter vazado informações sigilosas em suas redes sociais para minar a credibilidade da votação eletrônica, durante sua campanha pelo voto impresso. No fim de janeiro, o presidente da República deveria ter prestado depoimento à PF, mas ignorou decisão do ministro Alexandre de Moraes.
Já o inquérito das milícias foi aberto em 2021, depois que o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu o arquivamento de outra investigação que envolvia aliados do presidente Jair Bolsonaro. Na época, Alexandre de Moraes acatou o pedido de Aras, mas decidiu abrir um novo inquérito para investigar a atuação de milícias digitais.
Clique aqui para ler a decisão.
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