Nós enchemos o prato e o tanque do jatinho de Ciro Nogueira
O senador Ciro Nogueira (PP), chamado nos bastidores de Brasília de "sócio-majoritário" do governo Bolsonaro, torrou, somente nos três primeiros meses de 2021, R$ 86.061,56 da cota parlamentar para abastecer aeronaves. O valor foi calculado por O Antagonista, com base nas notas fiscais apresentadas para ressarcimento do Senado Federal pelo senador piauiense, que preside nacionalmente o seu partido...
O senador Ciro Nogueira (PP), chamado nos bastidores de Brasília de “sócio-majoritário” do governo Bolsonaro, torrou, somente nos três primeiros meses de 2021, R$ 86.061,56 da cota parlamentar para abastecer aeronaves.
O valor foi calculado por O Antagonista, com base nas notas fiscais apresentadas para ressarcimento do Senado Federal pelo senador piauiense, que preside nacionalmente o seu partido. O chamado “cotão” é dinheiro público a que os congressistas têm direito para gastar com quase tudo o que você conseguir imaginar.
Em janeiro, Ciro usou R$ 20.161,12 da cota para “combustível para aeronave”. Em fevereiro, o gasto para esse fim saltou para R$ 35.841,35 e, no mês passado, foi para mais R$ 30.059,09, a fim de que o senador pudesse voar pelo Piauí com dinheiro público.
Além disso, Ciro somou R$ 13.440 de ressarcimentos para aluguel de carros no mesmo período. O senador, como noticiamos, confirmou nesta semana que será candidato ao governo do Piauí em 2022. Ele já está em campanha.
Não é de hoje que Ciro Nogueira é um dos campeões em gastos com a cota parlamentar, como já mostramos aqui, aqui, aqui e aqui.
Existem algumas regras para o ressarcimento dessas despesas, mas o Senado não consegue fiscalizar, por exemplo, a relação dos gastos com o exercício da atividade parlamentar. Desse modo, a farra do “cotão” continua garantida.
Nós enchemos o tanque dos jatinhos usados por Ciro e também bancamos suas refeições em bons restaurantes. Em 2 de janeiro deste ano, um sábado, Ciro Nogueira pagou R$ 153 para almoçar strogonoff em um restaurante de São Paulo. O Senado ressarciu a conta.
Naquele mês, o primeiro do ano, quando o Congresso estava de recesso, portanto, o senador ainda receberia de volta valores referentes a um tambaqui com farofa (R$ 153), filé de robalo (R$ 89), risotto (R$ 95), salmão grelhado (R$ 99,90), bife ancho (R$ 134), carpaccio (R$ 122,70) e uma entrada de queijo brie (R$ 49). Em uma das notas fiscais apresentadas, constam dois chopps, mas o Senado não paga bebidas alcoólicas e o valor de R$ 23 foi descontado na hora do ressarcimento. Ufa, ainda bem.
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