O cinismo de Boulos realça o descaso geral com os miseráveis
Guilherme Boulos é um cínico. Em artigo na Folha, ele tenta eximir os grupos esquerdistas, entre os quais o liderado por ele, da culpa pela tragédia do prédio que desabou...
Guilherme Boulos é um cínico. Em artigo na Folha, ele tenta eximir os grupos esquerdistas, entre os quais o liderado por ele, da culpa pela tragédia do prédio que desabou:
“Estive no local, junto com militantes do movimento, e participamos de iniciativas para pressionar o poder público a assumir sua responsabilidade. É desumano que, depois de terem vivido a tragédia, as pessoas ainda sigam desabrigadas.
É inaceitável que se culpem as vítimas e se aproveite da situação para criminalizar a luta social, ameaçando inclusive uma onda de despejos nos prédios ocupados no centro de São Paulo.
Se esse edifício tivesse passado pelas reformas necessárias e requalificado para moradia popular, como os movimentos defendem há anos, a tragédia certamente poderia ter sido evitada.”
Ou seja, Boulos acha melhor que os miseráveis permaneçam em cabeças-de-porcos nojentas e perigosas do que sejam transferidos para abrigos da prefeitura — para onde os ocupantes do prédio que desabou teriam ido, se não fossem apenas massa de manobra para os ideólogos fantasiados de líderes populares.
O cinismo de Boulos só realça a incompetência, o descaso e a má-fé dos sucessivos governantes quanto à questão habitacional que aflige os miseráveis e também os que são simplesmente pobres.
Estão todos errados.
A questão social no Brasil continua a ser caso de polícia.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)