O rastreamento e a “vulnerabilidade” dos professores de bandidos
Os serviços de inteligência das Forças Armadas e da polícia do Rio de Janeiro já rastrearam entre 10 e 12 ex-combatentes, na faixa dos 28 anos, que dão aulas a bandidos no Rio, mas o número pode ser maior, segundo o Estadão. "Os militares que passam pelo...
Os serviços de inteligência das Forças Armadas e da polícia do Rio de Janeiro já rastrearam entre 10 e 12 ex-combatentes, na faixa dos 28 anos, que dão aulas a bandidos no Rio, mas o número pode ser maior, segundo o Estadão.
“Os militares que passam pelo Batalhão de Operações Especiais dos Fuzileiros Navais fazem cursos e estágios de guerra na selva, na Caatinga, no Pantanal. Aprendem a saltar de paraquedas e a executar tiros de precisão, combate pessoal e ações anfíbias. São oficiais, subtenentes e sargentos.
No Comando de Operações Especiais do Exército, o ciclo mais abrangente prepara por 25 semanas para missões de reconhecimento, contraterrorismo, resgate, evasão, sabotagem, guerrilha e contraguerrilha. Por isso são tão valorizados pelas facções no treinamento de seus ‘soldados’.”
O novo ministro da Defesa, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, disse na sexta-feira que as Forças Armadas dispensam entre 75 mil e 85 mil reservistas todos os anos.
“Esse pessoal passa pelas Forças, é treinado, adestrado, preparado e, quando sai, às vezes volta ao desemprego. E eles podem se tornar vulneráveis nesse momento, podem ser cooptados.”
O discurso da vulnerabilidade em razão do desemprego só faz legitimar moralmente a escolha pelo crime.
Quem passa pelas Forças Armadas e vai treinar bandido é bandido mesmo. Do tipo que quer se dar bem na vida, nem aí para as consequências na vida alheia.
Será bem melhor se nossos generais focarem sua atuação em prendê-los.
De “sociólogo” na Segurança Pública do Rio, já bastou o ex-secretário José Mariano Beltrame.
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