Os juízes de passeata e a privatização sindical dos salários dos magistrados
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Os juízes de passeata e a privatização sindical dos salários dos magistrados

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Redação O Antagonista
2 minutos de leitura 02.03.2018 11:31 comentários
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Os juízes de passeata e a privatização sindical dos salários dos magistrados

O desembargador Fábio Prieto, do TRF-3, é uma ilha de sanidade em meio à pororoca do Judiciário. Em artigo para o Estadão, ele esclarece a origem dos descalabros no Judiciário. Leiam este trecho...

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2 minutos de leitura 02.03.2018 11:31 comentários 0

O desembargador Fábio Prieto, do TRF-3, é uma ilha de sanidade em meio à pororoca do Judiciário. Em artigo para o Estadão, ele esclarece a origem dos descalabros no Judiciário.

Leiam este trecho:

“A reforma do Judiciário foi manipulada para introduzir no sistema de Justiça a mensagem da luta de classes entre ‘nós e eles’: juízes de tribunal contra os ‘da base’, de primeiro grau. Como a divisão é artificial, a conciliação, que não era necessária, veio com a acomodação realizada por meio do aumento exponencial das estruturas burocráticas sustentadas pelo contribuinte.

Grupos ditos de trabalho, gabinetes, comissões, seminários, conselhos para dar conselhos aos conselhos, laboratórios, assessorias – a nova elite burocrático-sindical da reforma do Judiciário não sabe o que é julgar processos. Tudo é permitido em nome de um mundo melhor, menos fazer sentenças. Há campeões de sinecura que não redigem uma sentença há cinco, dez anos.

A partilha dos ‘penduricalhos’não poderia ser feita só com as relações de compadrio. Surgiram, então, as ‘eleições diretas’ sem povo no sistema de Justiça. A pele da democracia vestida pelo assembleísmo corporativo-sindical. O método aplicado para a ruína de nosso futuro, nas universidades públicas, veio para a condenação do presente, nas Cortes de Justiça.

A última reforma do Judiciário produziu muitos danos e, passados mais de 13 anos, com gastos públicos bilionários, não atingiu sequer um de seus poucos objetivos: a definição do sistema de remuneração da magistratura, com respeito ao teto constitucional. O mais grave dano é o mais difícil de chegar à percepção da sociedade: a sindicalização da magistratura. Era. Há poucos dias o sindicalismo de toga expôs ao conhecimento público a sua grande novidade, o juiz de passeata.

Em ato sem precedentes na História do Brasil, a caravana sindical cinco-estrelas, em dia de expediente pesado para os demais magistrados, fez ‘protesto’  no prédio-sede do STF (…)

O assunto público e estratégico da remuneração dos magistrados é responsabilidade do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. Não pode ser privatizado pelo descansado sindicalismo de toga.”

Os juízes de passeata foram uma criação do PT, não custa repetir.

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