Planalto procura DEM e MDB para entender racha do Centrão
O racha do Centrão acendeu um alerta no Palácio do Planalto. A avaliação é que a saída do DEM e do MDB do bloco comandado por Arthur Lira pode ter efeitos no curto e no médio prazo para o governo...
O racha do Centrão acendeu um alerta no Palácio do Planalto. A avaliação é que a saída do DEM e do MDB do bloco comandado por Arthur Lira pode ter efeitos no curto e no médio prazo para o governo.
Para entender o movimento, Luiz Eduardo Ramos terá uma reunião com o presidente do MDB, Baleia Rossi, nesta tarde.
Uma preocupação imediata é com as pautas de costumes. Como mostramos, Jair Bolsonaro tenta agradar sua base conseguindo urgência para projetos que tratam sobre ensino domiciliar (homeschooling) e flexibilização de regras sobre porte e posse de armas no Congresso.
Por outro lado, o racha do Centrão representa um esvaziamento de Lira, que tem atuado como um líder informal do governo na Câmara. O Planalto avaliava apoiar o nome de Lira para a sucessão de Rodrigo Maia na presidência da Casa, mas a insatisfação com o deputado cresceu após a votação da PEC do Fundeb.
Lira prometeu adiar a votação da proposta, para dar tempo para o governo negociar mudanças no texto. Mas, como disse um ministro, o Planalto “tomou um baile” de Maia, que conseguiu votos suficientes para aprovar o relatório de Dorinha Seabra (DEM-TO).
Há também uma preocupação com 2022. Com o rompimento do Centrão, MDB e DEM se afastam do presidente. “O João Doria é candidato para 2022. O DEM e o MDB ainda não têm candidatos. Podem surgir conveniências convergente”, disse um cacique do DEM a O Antagonista.
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