08.12.2020
Prazo para Lava Jato do Rio é ‘totalmente inviável’, diz coordenador
O procurador Eduardo El Hage afirmou hoje que o prazo de até 31 de janeiro, concedido ontem por Augusto Aras para o funcionamento da Lava Jato do Rio, "é totalmente inviável para terminar os trabalhos de forma tranquila"...
O procurador Eduardo El Hage afirmou hoje que o prazo de até 31 de janeiro, concedido ontem por Augusto Aras para o funcionamento da Lava Jato do Rio, “é totalmente inviável para terminar os trabalhos de forma tranquila”.
Coordenador da força-tarefa, El Hage disse, durante audiência pública no Congresso, que pediu a renovação por mais um ano, a fim de dar conta de “investigações muito complexas e sofisticadas” envolvendo doleiros.
“Esse período de um ano seria necessário para que o trabalho não fosse descontinuado de forma abrupta. No entanto, o período de um ano não foi concedido e apenas foi concedido um período de apenas 23 dias úteis, quer dizer, até o dia 31 de janeiro, que para nós é totalmente inviável para terminar os trabalhos de forma tranquila”, afirmou.
Ele disse que reiterou o pedido de renovação de um ano.
Ontem, ao prorrogar a força-tarefa, Aras disse que trabalha para implantar no estado um Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), modelo distinto da força-tarefa, em que não há garantia de dedicação exclusiva dos procuradores no caso de corrupção nem atuação na mesma cidade.
“Estamos com uma proposta de criação de Gaeco, que é grupo de ação de combate ao crime organizado, mas isso demora e leva algum tempo, principalmente nesse período de final de ano. Dezembro e janeiro são meses muito parados na administração pública e dificilmente a gente vai conseguir até o fim de janeiro ter uma renovação. Então, pelo prazo atual, a gente infelizmente acaba em 31 de janeiro e fica aqui nosso apelo para renovação maior disso”, afirmou El Hage.
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