Renan diz que Bolsonaro, Carlos, Flávio e Eduardo comandaram organização especializada em fake news Renan diz que Bolsonaro, Carlos, Flávio e Eduardo comandaram organização especializada em fake news
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Renan diz que Bolsonaro, Carlos, Flávio e Eduardo comandaram organização especializada em fake news

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Wilson Lima
2 minutos de leitura 19.10.2021 13:47 comentários
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Renan diz que Bolsonaro, Carlos, Flávio e Eduardo comandaram organização especializada em fake news

Em seu parecer, o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), acusa Jair Bolsonaro e seus filhos parlamentares de comandarem uma organização especializada na divulgação de notícias falsas ao longo da pandemia de Covid...

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Renan diz que Bolsonaro, Carlos, Flávio e Eduardo comandaram organização especializada em fake news
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Em seu parecer, o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), acusa Jair Bolsonaro e seus filhos parlamentares de comandarem uma organização especializada na divulgação de notícias falsas ao longo da pandemia de Covid.

Segundo Renan (foto), o grupo foi dividido em, pelo menos, cinco núcleos: comando, formador, político, produção e disseminação e financiamento.

Para o relator da CPI, o núcleo de comando era formado por Bolsonaro e seus filhos Flávio (senador), Eduardo (deputado federal) e Carlos (vereador).

“Esse núcleo tem a função de dirigir a organização e orientar estrategicamente as ações realizadas nos níveis inferiores da hierarquia, dando-lhes diretrizes e informando-lhes prioridades de ação”, afirma Renan na minuta do parecer ao qual O Antagonista teve acesso.

Estrutura do gabinete do ódio

Em seguida, após as ordens do presidente, havia a formulação das fake news, comandada, conforme Renan, por integrantes do gabinete do ódio com auxílio de Carlos Bolsonaro.

“Vale destacar que as investigações apontam o núcleo formulador de fake news como determinante na engrenagem criada para desinformar. O objetivo primordial dessa organização é gerar engajamento da base de apoio popular ao Presidente da República, ao tempo em que promove ataques para enfraquecer seus adversários político”, afirma Renan na minuta de seu parecer.

“O vereador Carlos Bolsonaro, além de participar da formulação sobre o conteúdo disseminado nas redes sociais pelos grupos e sites de apoio ao governo, atuou decisivamente na defesa do tratamento precoce por meio das redes sociais”, declarou Renan.

Depois da “elaboração” das fake news, elas eram divulgadas por políticos bolsonaristas (como as deputadas Bia Kicis e Carla Zambelli) e aliados do presidente, como os empresários Carlos Wizard e Luciano Hang. 

Além disso, o relatório de Renan cita 15 sites que teriam ligação direta com o gabinete do ódio e seriam os responsáveis por divulgar fake news, entre os quais  estão Crítica Nacional, Estudos Nacionais, Instituto Força Brasil, Jornal da Cidade Online, Senso Incomum e Terça Livre, este último do blogueiro Allan dos Santos.

O financiamento dessa estrutura ocorria, segundo Renan, por meio de empresários como Otavio Fakhoury, Wizard e Hang.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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