Renan diz que Bolsonaro, Carlos, Flávio e Eduardo comandaram organização especializada em fake news
Em seu parecer, o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), acusa Jair Bolsonaro e seus filhos parlamentares de comandarem uma organização especializada na divulgação de notícias falsas ao longo da pandemia de Covid...
Em seu parecer, o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), acusa Jair Bolsonaro e seus filhos parlamentares de comandarem uma organização especializada na divulgação de notícias falsas ao longo da pandemia de Covid.
Segundo Renan (foto), o grupo foi dividido em, pelo menos, cinco núcleos: comando, formador, político, produção e disseminação e financiamento.
Para o relator da CPI, o núcleo de comando era formado por Bolsonaro e seus filhos Flávio (senador), Eduardo (deputado federal) e Carlos (vereador).
“Esse núcleo tem a função de dirigir a organização e orientar estrategicamente as ações realizadas nos níveis inferiores da hierarquia, dando-lhes diretrizes e informando-lhes prioridades de ação”, afirma Renan na minuta do parecer ao qual O Antagonista teve acesso.
Em seguida, após as ordens do presidente, havia a formulação das fake news, comandada, conforme Renan, por integrantes do gabinete do ódio com auxílio de Carlos Bolsonaro.
“Vale destacar que as investigações apontam o núcleo formulador de fake news como determinante na engrenagem criada para desinformar. O objetivo primordial dessa organização é gerar engajamento da base de apoio popular ao Presidente da República, ao tempo em que promove ataques para enfraquecer seus adversários político”, afirma Renan na minuta de seu parecer.
“O vereador Carlos Bolsonaro, além de participar da formulação sobre o conteúdo disseminado nas redes sociais pelos grupos e sites de apoio ao governo, atuou decisivamente na defesa do tratamento precoce por meio das redes sociais”, declarou Renan.
Depois da “elaboração” das fake news, elas eram divulgadas por políticos bolsonaristas (como as deputadas Bia Kicis e Carla Zambelli) e aliados do presidente, como os empresários Carlos Wizard e Luciano Hang.
Além disso, o relatório de Renan cita 15 sites que teriam ligação direta com o gabinete do ódio e seriam os responsáveis por divulgar fake news, entre os quais estão Crítica Nacional, Estudos Nacionais, Instituto Força Brasil, Jornal da Cidade Online, Senso Incomum e Terça Livre, este último do blogueiro Allan dos Santos.
O financiamento dessa estrutura ocorria, segundo Renan, por meio de empresários como Otavio Fakhoury, Wizard e Hang.
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