Em sua coluna na Crusoé desta semana, Ruy Goiaba diz que prever o futuro não é difícil —como comprova, por exemplo, “O Bem-Amado”, de Dias Gomes—, mas isso não tem nenhuma serventia no caso do Brasil.

“Eu poderia citar ainda os tuítes antigos de Eduardo Cunha, o maior oráculo da rede social, como provas de que não é difícil prever o futuro. Já o passado é imprevisível, como diz aquela frase atribuída a Pedro Malan. O problema, meus caros amigos, é que o futuro ser previsível aqui não adianta nada: vejam as enchentes, aquele fenômeno para o qual as cidades nunca estão preparadas apesar de ele acontecer TODO ANO na mesma época. Somos como o português da piada, que está andando pela calçada, vê uma casca de banana lá na frente e diz ‘ai, Jesus, lá vou eu escorregar de novo’. Olha lá, vamos votar num idiota populista de novo; ih, votei no idiota; ai, meu Deus, me estabaquei mais uma vez.”

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