Sub-PGRs dizem que Aras não pode ‘assistir passivamente’ aos ataques de Bolsonaro
Em manifestação divulgada nesta sexta (6) à tarde, um grupo de 27 subprocuradores-gerais da República afirma que Augusto Aras não pode "assistir passivamente aos estarrecedores ataques" de Jair Bolsonaro ao Judiciário e que a PGR deve fazer a "incondicional defesa do regime democrático"...
Em manifestação divulgada nesta sexta (6) à tarde, um grupo de 27 subprocuradores-gerais da República afirma que Augusto Aras não pode “assistir passivamente aos estarrecedores ataques” de Jair Bolsonaro ao Judiciário e que a PGR deve fazer a “incondicional defesa do regime democrático”.
A nota foi divulgada horas depois do encontro entre Aras e Luiz Fux, em que o presidente do STF cobrou o PGR sobre o ritmo dos processos contra o presidente, que são de sua responsabilidade. Hoje, conforme publicamos, o sociopata do Planalto chamou de “filho da puta” o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.
Os 27 subprocuradores-gerais, último degrau da carreira do MPF, têm feito nas últimas semanas diversas cobranças públicas a Aras para que a PGR tome iniciativas em defesa da democracia e contra os ataques de Bolsonaro.
“Na defesa do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, de seus integrantes e de suas decisões deve agir enfaticamente o procurador-geral da República —que, como procurador-geral eleitoral, tem papel fundamental como autor de ações de proteção da democracia, não lhe sendo dado assistir passivamente aos estarrecedores ataques àquelas cortes e a seus membros, por maioria de razão quando podem configurar crimes comuns e de responsabilidade e que são inequívoca agressão à própria democracia”, afirmam na nota.
O texto dos sub-PGRs prossegue: “Incumbe prioritariamente ao Ministério Público a incondicional defesa do regime democrático, com efetivo protagonismo, seja mediante apuração e acusação penal, seja por manifestações que lhe são reclamadas pelo Poder Judiciário”.
Os 27 signatários também defendem as urnas eletrônicas e afirmam que elas se mostraram “invariavelmente confiáveis, sendo inaceitável retrocesso a volta das apurações manuais, pela constatada possibilidade de manipulação de seus resultados e a expressiva demora na apuração”. E dizem que “o regime democrático não tolera ameaças vindas de integrantes de Poderes”.
Augusto Aras vai continuar fingindo que não é com ele?
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