Crimes em série
Paulo Guedes, no fim de 2020, dizia a seus interlocutores que o Brasil não teria uma segunda onda da epidemia. Eu sei disso porque um de seus interlocutores - um banqueiro - é também meu interlocutor. A falta de vacinas reflete esse pensamento mágico (e criminoso) do bolsonarismo...
Paulo Guedes, no fim de 2020, dizia a seus interlocutores que o Brasil não teria uma segunda onda da epidemia.
Eu sei disso porque um de seus interlocutores – um banqueiro – é também meu interlocutor.
A falta de vacinas reflete esse pensamento mágico (e criminoso) do bolsonarismo, que até hoje nega a eficácia da quarentena para conter o vírus.
No primeiro trimestre de 2021, quando viu que a segunda onda teria um efeito devastador sobre sua candidatura, Jair Bolsonaro saiu numa carreira desesperada para comprar vacinas, entregando o butim do Ministério da Saúde a velhos escroques. As negociatas da Covaxin e da Davati precisam ser encaixadas nesse contexto.
A tragédia brasileira não é fruto de apenas um crime, e sim de crimes em série, alguns dos quais estão sendo cometidos neste exato momento, para acobertar os crimes do passado.
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