Temer ‘trocou uma ideia com o Alexandre’ antes de redigir o pedido de arrego de Bolsonaro
O acordo costurado por Michel Temer para salvar o mandato de Jair Bolsonaro foi ainda mais obsceno do que se imaginava. Em conversa com Sonia Racy, Michel Temer disse que Alexandre de Moraes foi o coautor da carta assinada pelo presidente bananeiro, tendo sido consultado previamente sobre seus termos. Ele disse também que Jair Bolsonaro mudou apenas metade de uma frase...
Em conversa com Sonia Racy, Michel Temer disse que Alexandre de Moraes foi o coautor da carta assinada pelo presidente bananeiro, tendo sido consultado previamente sobre seus termos. Ele disse também que Jair Bolsonaro mudou apenas metade de uma frase.
O pedido de arrego, segundo Michel Temer, partiu do próprio sociopata, sem intermediários:
“Recebi telefonema dele na quarta-feira à noite. Indaguei como é que um presidente da República pode chamar um ministro de canalha. Disse que isso pegava mal para ele”.
Nesse momento, Jair Bolsonaro pediu-lhe para intermediar uma conversa com Alexandre de Moraes, que apura seus crimes. Michel Temer colheu a oportunidade para oferecer seus préstimos, alardeando o acesso privilegiado ao ministro:
“Contei que estava conversando com o ministro do STF e estava disposto a redigir um documento”.
Depois de desligar o telefone, Michel Temer “trocou uma ideia com o Alexandre” e escreveu a carta a ser assinada por Jair Bolsonaro.
“O presidente acabou me ligando na quinta, às 6h30, e me chamou para ir para Brasília”.
Antes de embarcar, Michel Temer leu a nota pelo celular, e Jair Bolsonaro topou assiná-la integralmente.
“Ele alterou somente metade de uma sentença”.
Mais tarde, no gabinete de Jair Bolsonaro, Michel Temer ligou para Alexandre de Moraes e os três – juiz, investigado e advogado – conversaram pelo viva voz, por quinze minutos.
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