“Não se trata de esquerdismo”, diz ex-economista-chefe da Febraban, sobre manifesto
O ex-economista-chefe da Febraban Roberto Luis Troster disse que a possibilidade de saída da Caixa e do Banco do Brasil da federação indica uma falta de liberdade de opinião. Em entrevista à Folha, Troster afirmou que a postura deixa claro que críticas ao governo são passíveis de púnição...
O ex-economista-chefe da Febraban Roberto Luis Troster disse que a possibilidade de saída da Caixa e do Banco do Brasil da federação indica uma falta de liberdade de opinião. Em entrevista à Folha, Troster afirmou que a postura deixa claro que críticas ao governo são passíveis de púnição.
No domingo, após a informação de que a Febraban e a Fiesp preparavam um manifesto em defesa da democracia e dos Três Poderes, a Caixa e o Banco do Brasil anunciaram que iam abandonar a entidade, com autorização de Jair Bolsonaro.
Mais cedo, a divulgação do documento foi adiada para depois dos protestos bolsonaristas de sete de setembro. Há pouco, O Antagonista teve acesso à íntegra do texto. O presidente do Banco do Brasil pediu uma reunião de emergência.
Na entrevista, Troster afirmou que tanto os bancos públicos quanto a Febraban serão prejudicados com as eventuais saídas. Ambos perderão representatividade, segundo ele.
“O choque, em si, acaba sendo acomodado com o tempo, mas punir a entidade pelo manifesto por meio dos bancos públicos é preocupante.”
O ex-economista-chefe da entidade disse que a decisão atenta contra a liberdade de expressão.
“A liberdade de expressão é um dos valores democráticos mais importantes que existem. E não se trata de esquerdismo, é uma tentativa de chamar todos os Poderes para trabalharem juntos, independentemente da orientação política. Deveriam se manifestar sempre, propondo uma reforma tributária para valer, sugestões de como melhorar a situação fiscal.”
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