O Centro de Doutrina do Exército, que tem acompanhado o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, estima que Kiev será tomada dentro de 5 a 10 dias.

Apesar disso, o observatório do Exército, que é compêndio de análise com mais de 50 especialistas da Força, incluindo militares da ativa, veteranos e oficiais no exterior, afirma que, para tomar Kiev, “as tropas russas terão que usar meios militares cada vez mais violentos”. 

Ontem, como registramos, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, alertou para que civis deixem a região. O governo russo prometeu atacar instalações do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) e o Centro para Informação e Operações Psicológicas (PSO) na capital ucraniana.

“Caso ocorra esse cenário, o ponto mais crítico será o destino do presidente [Volodymyr] Zelenski, uma vez que o objetivo final russo é ocupar a capital e depor o governo ucraniano”, afirmam os especialistas do Exército.

“A grande incerteza nesse caso é a reação que será tomada pelos países da OTAN na fase seguinte, principalmente, se o presidente não sobreviver”, acrescentam os militares.

Até o momento, o Exército apenas observa a crise na Ucrânia e aguarda manifestações do Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Defesa para adotar alguma medida. Fontes do Exército destacaram a O Antagonista que hoje a chance de o Brasil entrar no confronto é “praticamente zero”.