Lula, o liberticida bem-intencionado
É bola cantada, como escrevi há dois dias, que, se Lula for eleito, ele tentará controlar as redes sociais e amordaçar a imprensa, por meio de uma "regulamentação" da internet e dos meios de comunicação. Lula e a sua organização queriam fazê-lo já em 2004, quando anunciaram a intenção de criar um "Conselho Federal de Jornalismo", e a má intenção voltou a ser mencionada no programa do poste petista, em 2018. Ontem, para surpresas apenas dos ingênuos, o ex-condenado disse em entrevista à rádio Metrópoles, de Salvador, que “ainda não decidi se sou candidato. Estou conversando com muita gente, ouvindo muito desaforo, leio muito a imprensa e tem setores da imprensa que não querem que eu volte a ser candidato porque se eu voltar, eu vou regular os meios de comunicação nesse país...
É bola cantada, como escrevi há dois dias, que, se Lula for eleito, ele tentará controlar as redes sociais, e amordaçar a imprensa, por meio de uma “regulação” da internet e dos meios de comunicação. Lula e a sua organização queriam fazê-lo já em 2004, quando anunciaram o objetivo de criar um “Conselho Federal de Jornalismo”, e a má intenção voltou a ser mencionada no programa do poste petista, em 2018. Ontem, para surpresa apenas dos ingênuos, o ex-condenado disse em entrevista à rádio Metrópoles, de Salvador, que “ainda não decidi se sou candidato. Estou conversando com muita gente, ouvindo muito desaforo, leio muito a imprensa e tem setores da imprensa que não querem que eu volte a ser candidato porque se eu voltar, eu vou regular os meios de comunicação nesse país. A gente não pode ficar com a regulamentação de 1962, não é possível. Eu penso que a gente vai fazer uma coisa muito nova.”
E continuou:
“A regulamentação dos meios de comunicação é do tempo que a gente conversava por carta, de 1962. Olha a revolução que houve. Você acha que a internet não tem que ter regulamentação? Uma regulamentação que não seja censura.”
Sobre a imprensa, especificamente, ele afirmou:
“Ninguém quer controlar. Eu não quero controlar. Eu não quero modelo de comunicação tipo Cuba, tipo China, eu quero tipo Inglaterra.”
Lula mente quando diz que não é candidato e mente também quando afirma que não quer censurar os meios de comunicação. Na mesma entrevista, aliás, vangloria-se de um tipo de controle que ele próprio pôs em funcionamento quando era presidente e que, caso venha a ser ungido em 2022, retomará com mais força: o financiamento, com dinheiro público, de milhares de jornais e emissoras regionais. Lula vende a ideia de que se trata de democratizar a liberdade de expressão, mas só um parvo acreditaria nisso. Trata-se justamente do contrário: o de submeter a liberdade de expressão aos interesses comerciais de donos de jornais e emissoras regionais, que se recusarão a morder a mão grande que os alimenta e se disporão até a defender o indefensável. A lógica é a mesma da rede de blogs petistas que surgiu sob os auspícios do comissário Franklin Martins.
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