Dirceu sem freios
Solto e livre de tornozeleiras eletrônicas desde junho, graças aos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, o falastrão José Dirceu teve um 2018 agitado...
Solto e livre de tornozeleiras eletrônicas desde junho, graças aos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, o falastrão José Dirceu teve um 2018 agitado.
O TRF-4 e a juíza Gabriela Hardt, substituta do então juiz Sergio Moro na Lava Jato, até tentaram botar o mensaleiro na cadeia (de novo), mas não teve jeito.
Na rua, Dirceu ficou livre para falar as barbaridades de sempre.
Chegou a comparar Moro a um “cisco no olho”.
Disse que a “delação é a perda da condição humana”.
E que era preciso “libertar Lula” (o que mais ele poderia dizer?).
Ele também aproveitou o ano para lançar um livro de memórias no qual, entre outras coisas, chama os ministros Luís Roberto Barroso de “fraude”, Luiz Fux de “charlatão togado” e Edson Fachin de “engodo”.
Nos eventos de lançamento do livro, atacou a Rede Globo (“a maior responsável pelo golpe”), a Lei de Ficha Limpa (“temos que reavaliar”), Jair Bolsonaro (“as ideias do Bolsonaro não são aceitas”), o Ministério Público (“temos que tirar o poder do MP”) e o STF (“devia tirar todos os poderes do Supremo”).
Dirceu só não contou as melhores “memórias do cárcere”: o diretor do presídio acabou afastado após a apreensão de chocolates e pendrives na cela do petista. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, Dirceu, com a ajuda do ex-senador Luiz Estevão, seu companheiro de cela, tinha mordomias na Papuda.
Em sua falação, Dirceu também previu que o PT se preparava para “tomar o poder”.
Muito calor, nenhuma luz: os brasileiros disseram um sonoro “não” a esse projeto de poder na eleição de outubro.
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